Os Maias



Em tempo de final de ano e de exames próximos, partilho este resumo dos Maias que será certamente útil aos nossos alunos. Afinal de contas, ler os Maias leva algum tempo e o tempo convida a noites longas e a tardes passadas à beira mar...

RESUMO DE “OS MAIAS”
Era uma vez um gajo chamado Carlos, que vivia numa casa tão grande que levava p’raí umas 20 páginas a dizer como é. Quem gosta de imobiliário tem aqui um petisco, porque aquilo tem assoalhadas grandes e boas e, prontos, mas para mim não serve que eu imóveis só com fotografia, que um gajos às vezes é artista a escrever e depois uma pessoa vai ver a casa e não tem nada a ver com aquilo que imaginou.


Portanto, o gajo chama-se Carlos e o pai matou-se quando ele era pequeno porque a mulher fugiu com um italiano e levou a filha que eles também tinham e ... ele matou-se, não faz sentido porque o que não falta p’raí são gajas! Ora o puto fica com o avô e tal, vai crescendo e torna-se um gajo fino, bem vestido e que vai a boas festas.

Às tantas vê uma gaja e pensa... “Ui que gaja tão boa” e p’raí na página 400 começam a ir pra cama os dois e andam aí umas boas 200 páginas, pim pim, troca e vira e agora nesta casa e agora naquela e pumba... só que às tantas vem um gajo e diz “ Eh pah, olha que a moça é tua irmã !” e o Carlos fica “ eh pah isso não pode ser, ka nojo !!!” de maneiras que dá-lhe só mais duas ou três traulitadas e vai dar uma volta ao mundo, pra espairecer e acaba tudo em bem, porque ao menos não tiveram filhos, porque se tivessem eram de certeza meio tantans, babavam-se como o meu primo Zé Luís, que os pais também eram parentes.

Ricardo Araujo Pereira

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